Informações da Semana
Suspeitas em torno da morte de Dom Paulino Madeca
2008-01-17 01:53:00
Testemunhos inquietantes chegam de Luanda
Suspeitas em torno da morte de Dom Paulino Madeca
2008-01-16 17:38:27
Lien vers http://www.ibinda.com/noticias.php?noticia=3846
Cabinda – Dom Paulino Madeca, primeiro bispo de Cabinda, morreu numa ocasião que o território é submetido a uma nova fase de repressão e a sua Igreja é um dos alvos principais. Relato de observadores em Cabinda que denunciam os lados obscuros da morte do bispo.
Quarta-feira, 9 de Janeiro, Cabinda derramava as primeiras lágrimas pelo anúncio da morte de D. Paulino Madeca. Tudo se agitou. Mas quem mais se agitou, como sempre e pela negativa, foi o poder político e o eclesiástico. Foram imediatamente montados dispositivos de «controlo e de perseguição de todos os inimigos de predilecção».
A primeira arma foi a desinformação relativamente à chegada dos restos mortais do bispo a Cabinda. Uns diziam sábado e outros sexta-feira, tal como veio a suceder. No aeroporto, destacava-se a divisão patente da «defunta igreja católica». Um pequeno com lenços, representando a igreja do Filomeno Vieira Dias e uma multidão trajado a preto dos chamados Igreja de S. Tiago. No interior do aeroporto, os escuteiros também estavam profundamente distintos: os do Filomeno, «uma miscelânea de jovens mussorongos e umbundos», que até há pouco, alguns, sobretudo a classe dirigente, estavam em S. Tiago, mas que foram à Sé Catedral por motivos financeiros e de promoção política e aqueles, a maioria, de S. Tiago, cabindas.
Foi visível a todos que estavam no aeroporto de Cabinda, a «satisfação do Filomeno, que passava por todos distribuindo cumprimentos. Nem um segundo de consternação ao menos por fingimento» comentou testemunha.
Chegou no avião de Higino Carneiro, às 06:00 horas de sábado, Ângelo Becciu, Núncio Apostólico, acompanhado por alguns bispos. Deslocaram-se ao Palácio do Governo, onde tomaram um copioso pequeno-almoço.
A missa das exéquias decorreu não sem os habituais incidentes de contestação: os de tira-preta estavam todos fora, a maioria, muitos ocupavam a ala direita da igreja N. S. Rainha do Mundo, padre Carlos Mbambi, «como habitual, mascarando o ódio que nutre pelos colegas, ao querer, à hora do abraço da paz, ir saudar os padres ditos castigados». Estes, publicamente, recusaram. Dizem que já sabiam o que Mbambi foi dizendo: «os padres de Dom Paulino vão comer areia e, agora, com a sua morte, vão desaparecer»
O cortejo fúnebre seguiu até ao cemitério da Missão da Imaculada. Ali, foi o auge. A multidão de preto ocupara toda a extensão do cemitério até ao hotel Pôr-do-Sol. Entoaram cantos revolucionários e de contestação. À passagem dos bispos angolanos e outras personalidades ligadas quer a Filomeno Vieira Dias quer ao Governo angolano gritavam: «Yuda, Yuda, bama vonda Madeca» (Judas…Judas mataram Madeca) «Yuda…Yuda bama sumbisa Madeca» (Judas… Judas venderam Madeca), o pequeno grupo que estava no interior do cemitério temeu. Com um dispositivo de polícias à paisana, fizeram encostar as viaturas de luxo até à porta do cemitério. E ali, sem olhar para o povo manifestante, sobretudo Becciu, que durante todas as cerimónias não conseguia levantar o rosto «por vergonha e de não ter-se sido capaz de visitar D. Paulino, apesar de a Nunciatura estar a dois passos, entraram a correr para os carros e saíram daí em correrias».
Testemunhos inquietantes chegam de Luanda.
Surge a suspeita: «mataram Madeca». «Supostamente este assassinato teve duas fases» denúncia testemunha, a primeira, «foi aquando da ordenação do diácono Francisco Sunda. Depois do almoço, D. Paulino começou a queixar-se de fraqueza e de falta de apetite. Pensou-se que fosse a cola da placa dos dentes. Mas isto não era, porque se mudou uma outra e D. Paulino continuava com os mesmos sintomas. Aí começou o seu drama. As pessoas, mais próximas dele, dizem que o velho Prelado já não foi o mesmo depois daquele fatal almoço. Estava à frente do mesmo Milan que é o verdadeiro bispo da diocese de Cabinda. Manda e descomanda».
A segunda, foi em Luanda, no hospital militar. «Colocaram-no (D. Paulino Madeca) num quarto sem as mínimas condições. Um amigo dos cabindas é que teve que comprar um cobertor e outras coisas para a cama. O velho já estava a recuperar. Já reconhecia as pessoas e tinha muito apetite. Fizeram-lhe um TAC (Tomografia Axial Computorizada) e concluíram que era apenas um AVC (Acidente Vascular Cerebral) sem derrame cerebral. Por isso, poderia recuperar com algumas drogas. No entanto, qual não foi o espanto da irmã Marta que o acompanhou, quando de manhã, ao levar-lhe o pequeno-almoço, lhe foi comunicado que se encontrava na sala operatória. Quase que lhe caía das mãos a travessa. Nem a médica da igreja soube da operação a D. Paulino para não falar de algum membro familiar próximo».
«Tudo, contra todas as éticas, foi decidido por D. Filomeno» disse fonte ao Ibinda.com. O médico «jamais o foi visitar quando doente. No dia 25 de Dezembro foi vê-lo durante dois minutos e de pé e fez-se de mouco aos pedidos de muitos para se levar D. Madeca para fora». A Arquidiocese de Luanda, onde está um Arcebispo Cabinda, «também abandonou D. Paulino. Pelo incrível que pareça, foi a irmã Marta e mais uma irmã do padre Tati que deram banho ao corpo de D. Paulino».
Durante o velório, na igreja dos Remédios, apenas ficaram alguns cabindas sozinhos. Repetiu-se o cenário da morte de D. Puati e de D. Franklin. «Assim vão acabando os bispos cabindas». Os parentes do bispo exigiram a autópsia do corpo. «Seria o tira-teimas, mas os bispos, em coro, recusaram em nome de uma pretensa ordem da igreja. Diziam que seria inédito. Era preciso autorização do Vaticano. Este anuiu. Porém, os médicos do hospital lá arranjaram artimanhas para negarem a autópsia. Assim, tem-se todos os motivos para se chegar à conclusão que se desfizerem de uma figura incómoda».
A Rádio Nacional de Angola (RNA), em Cabinda, «começou a sua campanha, difundindo a voz de D. Paulino a pedir que o «povo de Cabinda receba como um dom de Deus D. Filomeno». Este, no entanto, depois do funeral, acompanhado de padre Mbambi, no átrio da igreja Rainha do Mundo, Sé catedral, desfazia-se em gargalhadas», atitude que chocou vários presentes.
«Muita coisa, no entanto, começa a agitar com a morte de D. Paulino». Recentemente passou por Cabinda dois representantes da Igreja Anglicana, disposta a assumir protagonismo. Algumas figuras proeminentes em Cabinda já foram contactadas, confirmou o Ibinda.com.
(c) PNN Portuguese News Network
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Angola Press Agency (Luanda)
14 Janvier 2008
Publié sur le web le 14 Janvier 2008
Luanda
Angola: Une délégation gouvernamentale entame un périple en Afrique Centrale
O trabalho sujo continua com o Bento Bembe, o homem das obras despreziveis.
Le travail sal continue avec Bento Bembe, l'homme aux basses besognes.
Une délégation gouvernamentale angolaise conduite par le ministre sans porte-feuille, António Bento Bembe, a quitté ce lundi le pays pour se rendre au Gabon, à la RDCongo et République du Congo, a appris l'Angop de source officielle.
Selon la source, cette visite vise à dynamiser la coopération existante entre l'Angola et ces pays.
Intervenant avant son départ à l'aéroport international "4 de Fevereiro", Bento Bembe a déclaré qu'il était envoyé par le président Angolais, José Eduardo dos Santos "pour solliciter l'intervention du président gabonais sur les différents forums internationaux, en faveur de la paix établie en Angola, dans le cadre de la solidarité nécessaire pour sa consolidation.
Le gouvernant a ajouté que l'accord de paix signé à Namibe en 2006, pour l'enclave de Cabinda, a conclu le processus de pacification du pays entamée en 2002.
Après le Gabon, António Bento Bembe et sa suite se rendront à la RD.Congo et au Congo Brazzaville pour aborder avec les chefs d'Etat Joseph Kabila et Denis Sassou Nguesso, la problématique de l'émmigration illégale en Angola, dont les principaux protagonistes passent par ces deux pays.
"Aujourd'hui l'Angola est devenu une préférence pour plusieurs peuples et il faut que cette émmigration respecte les normes établies", a souligné le gouvernant.
Font également partie de la délégation angolaise, les vice-ministres des Relations Extérieures, George Chicoty, du Pétrole, Inocêncio Gualter, entre autres.
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PRESIDÊNCIA DESMENTE PRISÃO DE KOPELIPA E JOSÉ MARIA Todas as Noticias
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26/12/2007
http://www.multipress.info/ver.cfm?m_id=24528
A Presidência da República desmentiu hoje, em comunicado, que os generais Hélder Vieira Dias «Kopelipa» e José Maria, estivessem sob custódia na Polícia Judiciária Militar ou, sequer, sob qualquer inquérito, conforme havia noticiado na sua última edição, o semanário Folha8.
De acordo com o jornal, os dois generais próximos ao Presidente Eduardo dos Santos, estariam a ser alvo de «rigorosos inquérito» na ressaca do «caso Miala» por «escamoteação e desaparecimento de documentos ultra-secretos, incluindo mesmo alguns comprometedores para o próprio Presidente».
O Folha8 fala de um alegado incêndio «estranho e duvidoso em que teriam sido destruídos ou teriam desaparecido parte da documentação secreta do Serviço de Informação Externa», que eram chefiados pelo recém julgado e condenado general Fernando Garcia Miala.
Ainda de acordo com a publicação, os dois generais teriam pernoitado na judiciária militar na noite de 20 para 21 de Dezembro a responder a interrogatórios.
A Presidência da República considera sem qualquer fundamento estas informações, considerando-as de «uma grosseira invenção» dos seus autores.
No comunicado, os serviços presidenciais dizem que quer o Chefe da Casa Militar, como o chefe dos Serviços de Inteligência militar «continuam no desempenho normal das suas funções e não existem quaisquer razões susceptíveis de os levar à situação descrita por aquele semanário que com isso parece estar apenas a confundir os seus desejos com a realidade».
A Presidência angolana considera «de meras e levianas especulações» que visam «instalar a confusão junto da opinião pública», adjectivando-as de «pouco abonatórias para a idoneidade do referido semanário, vindo confirmar uma vez mais a sua falta de seriedade e de credibilidade».
A Voz da América soube de fonte segura que o general Kopelipa se encontra a passar a quadra festiva no exterior do país, enquanto que o general José Maria está, de facto, a trabalhar normalmente.
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NOTICIAS LUSOFONAS
Manchete
http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=20234&catogory=Manchete
Presidência de Angola desmente e confirma a detenção de Kopelipa
- 26-Dec-2007 - 15:22
Afinal quem é que quer instalar a confusão na opinião pública quando se desmente a informação do “Folha 8” e não se desmente a mesma informação publicada no Notícias Lusófonas?
Os Serviços de Apoio ao Presidente da República esclareceram hoje, quarta-feira, que a notícia publicada pelo semanário “Folha 8”, segundo a qual os generais Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” (na foto), chefe da Casa Militar, e António José Maria, chefe dos Serviços de Inteligência Militar, estariam sob custódia na Judiciária Militar não tem qualquer fundamento. Como esta mesma informação foi Manchete aqui no NL, no dia 22, e não é desmentida na Nota de Imprensa chegada à nossa Redacção, tudo leva a crer que o suposto desmentido é apenas para consumo interno.
"Os referidos oficiais generais continuam no desempenho normal das suas funções e não existem quaisquer razões susceptíveis de os levar à situação descrita por aquele semanário, que com isso parece estar apenas a confundir os seus desejos com a realidade", sublinha o documento enviado ao NL.
Os Serviços de Apoio ao Presidente da República consideram que a divulgação de matérias desta natureza, que não passam de meras e levianas especulações, visam deliberadamente instalar a confusão junto da opinião pública.
Afinal quem é que quer instalar a confusão na opinião pública quando se desmente a informação do “Folha 8” e não se desmente a mesma informação publicada no Notícias Lusófonas?
Afinal quem é que está apenas a confundir os seus desejos com a realidade quando se desmente a informação do “Folha 8” e não se desmente a mesma informação publicada no Notícias Lusófonas?
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João Soares e Maria Barroso em debate sobre Cabibda
- 22-Nov-2007 - 14:17
Os direitos humanos, a paz e a justiça social vão estar em debate sexta-feira em Lisboa, numa conferência organizada pela Associação Tratado de Simulambuco-Casa de Cabinda, que terá a participação de João Soares e de Maria Barroso.
A iniciativa pretende que aquele enclave angolano "não caia no esquecimento", adiantou a organização.
"A situação em Cabinda está cada vez pior. Recentemente foi raptado um jornalista pelas Forças Armadas Angolanas, os activistas dos direitos humanos estão a ser presos ou têm de se exilar por uns tempos e as associações estão a ser ilegalizadas", disse Manuela Serrano, dirigente da Associação Tratado de Simulambuco-Casa de Cabinda.
A associação decidiu organizar a conferência "Cabinda: Os Direitos da Paz" para "alertar para os problemas do enclave e sensibilizar as pessoas para não olharem só para o seu próprio interesse", indicou.
"Queremos que esta situação não caia no esquecimento. Falar de direitos humanos em Cabinda é considerado um atentado contra os direitos de Estado", disse Manuela Serrano.
Na conferência "Cabinda: Os Direitos da Paz" vão estar presentes o deputado socialista João Soares, a ex-primeira dama Maria Barroso, a jornalista Maria Antónia Palla, a ex-dirigente da UNITA Fátima Roque e o presidente da AMI Fernando Nobre, além de representantes do Comité de Apoio a Refugiados de Cabinda, da Amnistia Internacional, da UNITA, da Frente para a Democracia (FPD) e activistas dos direitos humanos.
A Associação Tratado de Simulambuco-Casa de Cabinda existe desde 2003 e conta com cerca de 130 associados.
Cabinda é um território ocupado por Angola, limitado a leste e a sul pela República Democrática do Congo, conhecido pela significativa extracção petrolífera e onde decorre, há décadas, um conflito separatista entre o Estado angolano e a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC).
Em 2006, o governo de Luanda e a FLEC assinaram um memorando de entendimento que visa o restabelecimento da paz no território.
No entanto, o documento não é reconhecido por uma ala "rebelde" da FLEC, liderada por Nzita Tiago.
Noticias Lusofonas
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Angola : "Le Président malade coûte cher au pays"
C’est ce qu’indique la VOA (Voix de l’Amérique) dans une récente revue de presse (mai 2006)
http://www.afriquechos.ch/spip.php?article1198&debut_articlesrescents=15#pagination_articlesrescents
Des questionnements sur les derniers voyages du Président José Eduardo dos Santos et sur son état de santé font également la Une de quelques journaux privés angolais. "Ce président coûte très cher au pays" constate Agora qui explique que pour ses deux derniers voyages à Dubai et au Brésil le Président de la République a dilapidé plus d’un million de dollars.
De plus, le Boeing utilisé, un 747 de la TAAG, n’a rien de comparable avec le Pélican 707 présidentiel . Les petits enfants du couple présidentiel ne peuvent-ils pas voir le jour à Luanda ? s’interroge notre confrère qui annonce que Tchizé dos Santos, la deuxième fille du président, devrait accoucher à Londres dans trois mois. En tout cas, la fille du président n’entend en aucun cas prendre le risque d’accoucher dans la capitale angolaise où le choléra fait des ravages, observe-t-on.
"Cent mille dollars volés au MPLA à Benguela". "Première enchère de bijoux à la foire des mines". "Des journalistes violent les normes de la profession" ou encore "Qui contrôle les comptes du président de la cour des comptes ?" : autant d’autres titres qui ont retenu l’attention de nos confrères de la presse indépendante angolaise.
L’hebdomadaire Angolense, pour sa part, titre déjà sur l’après Dos Santos : " Quel sera le day after du MPLA sans José Eduardo dos.santos ?" s’interroge-t-il. Combattre le fossé entre riches et pauvres n’est-ce pas une vieille cantilène pour les incautos ? Il ne s’agit pas de rhétorique, c’est un objectif du gouvernement, dit est Aguinaldo Jaime dans une entrevue à Angolense.
Folha 8 écrit : "le Président de la République, très malade, est l’otage de Kopelipa". « Le général Helder Vieira Dias "Kopelipa" a mis à la rue Miala qui exerçait un contre poids fac à son pouvoir, d’où cette rivalité ». Pour finir, le général Kope a pris le dessus et se retrouve maintenant seul aux commandes. La vie et la sécurité du Président de la République sont désormais entre les mains de Kopelipa. Et qui contrôle Kopelipa ? Le MPLA ? Pas sûr (...), d’autant plus que Kopelipa ne fait même pas partie de la coupole du MPLA.
Dans Cruzeiro do sul, on peut lire "la FIFA inflige un carton rouge au racisme". Dorénavant, l’équipe qui aura une quelconque manifestation raciale sera pénalisée. C’est là une des innovations en prévision du mondial d’Allemagne 2006.
Quelques organisations non gouvernementales estiment que la campagne d’éducation civique aurait déjà dû commencer et que son retard est de nature à dicter une faible affluence devant les urnes lors des prochaines élections, vu que la population ne s’est pas encore remise des tristes événements qui ont émaillé les élections de 1992.
Avec l’autorisation du ministère de la santé MINSA, des cadavres étrangers sont incinérés par la société privée Recolex spécialisée dans la collecte et traitement de déchets hospitaliers. Des corps des Chinois, Coréens et des sud africains y sont déjà passés dans les fours cet l’incinérateur localisé à Mulenvos. Selon Angolense, la société Recolex est autorisée par le MINSA et le haut commandement de la Police à incinérer des cadavres.
Notre confrère Capital rapporte, dans ses colonnes, "la découverte par le ministre de la défense d’intriguistes de l’UNITA dans les rangs des FAA", une information que Kundy Paihama dément formellement. En couverture, le journal attire l’attention du lecteur sur un reportage sur le Ku Duro intitulé " L’assaut de la génération de la K.D" . Un reportage dans lequel sont abordés les bons et les mauvais côtés de ces jeunes musiciens dont « beaucoup sont impliqués dans des actions criminelles .....auxquelles ils sont souvent incités par les messages contenus dans certaines chansons ». D’autres, en revanche, se battent avec persévérance pour changer leur style de vie et payent leurs propres études. La Le sujet est complété par l’ analyse d’un sociologue.
Le "gouvernement dit que l’économie est en train de s’améliorer", mais "les agents du service public sont plus de plus en plus pauvres" s’indigne la centrale syndicale UNTA.
"Le choléra a déjà fait plus d’un demi million de victimes. Et les vaccins , M. ministre ? ". Les allégations selon lesquelles les vaccins contre le choléra ne seraient efficaces qu’à trente et cinq pour cent n’est pas l’unique et seule raison pour laquelle le gouvernement ne les importe pas, écrit « O indépendante » qui fait sa Une avec cette affirmation du Ministre de la Santé, Sebastião Veloso : "le choléra ne va pas s’étendre sur tout le pays". | AEM
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CABINDA - ANGOLA
Copia da carta (Abril 2005) da direcção da FLEC-Original às autoridades angolanas sobre o conflito de Cabinda (Lettre de la Direction du FLEC-Originel aux autorités angolaises au sujet du conflit de Cabinda)
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CABINDA - PORTUGAL
Copia da carta da direcção da FLEC-Original às autoridades portuguesas e chefes de partidos políticos por ocasião das legislativas do mês de Fevereiro passado.
in http://macua.blogs.com/25_de_abril_o_antes_e_o_a/2005/02/27/
No cargo de primeiro-ministro
Sócrates indigitado quinta-feira
http://online.expresso.clix.pt/1pagina/artigo.asp?id=24749752
18:35 22 Fevereiro 2005
PS analisa legislativas
António Costa na Presidência
O eurodeputado socialista António Costa deverá deixar Bruxelas e integrar o novo Executivo de José Sócrates, ocupando a pasta da Presidência do Conselho de Ministros. »
10:19 23 Fevereiro
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Angola
A questão de Cabinda, segundo Adriano Moreira
- 30-Nov-2004 - 14:17
Nesta questão da globalização, em que circulam expressões como Estado-continente para designar os de maior extensão territorial e Estado-baleia para referir os das populações desmedidas, acrescendo o fenómeno dos grandes espaços que agregam várias soberanias cooperativas, as atenções desviam-se facilmente das pequenas identidades políticas, cuja autonomia de Governo não foi consagrada pela História, e olham com displicência para as que lhes parecem uma arqueologia de resíduos.
Por: Adriano Moreira (*)
Casos como os do Mónaco, São Marino, Andorra, parecem amparados por um sobrevivente respeito dos ocidentais pela História, mas a dissolução da Jugoslávia, a desagregação da URSS, a complexidade do Médio Oriente, destinos como o do Tibete, encontram difícil amparo em escalas de valores participadas.
Nesta data, Cabinda é um território cuja situação tem de ser avaliada tendo em vista este conjunto de variáveis: um pequeno território com uma população de dimensão correspondente; multiplicação de soberanias interessadas no seu estatuto efectivo, num quadro internacional incerto, com todas as sedes de legitimidade em crise, bastando lembrar os efeitos que a segunda guerra do Iraque teve na consistência das solidariedades no Conselho de Segurança, na NATO, e na própria União Europeia.
Em primeiro lugar, acontece que o respeito pela identidade e vontade de ocupar um lugar igual na comunidade internacional não depende nem da dimensão territorial nem da expressão numérica da população: é um direito dos povos, que não foi limitado pela regra indicativa da ONU, no sentido de as fronteiras da independência serem as que tinham sido traçadas pela soberania colonizadora.
No caso de Cabinda, o ordenamento constitucional português, que durou até 1976, nunca impediu a afirmação reiterada da identidade específica de Cabinda, nem a especificidade do título que uniu Cabinda à coroa de Portugal, o anualmente e solenemente festejado Tratado de Simulambuco, em relação também, com expressão única, com o facto de os bustos dos reis portugueses em exercício por vezes assinalarem as sepulturas dos líderes políticos locais que faleciam.
A decisão de cada povo, com sentimento de identidade, convergir para espaços políticos mais vastos, optando por limitações de soberania, por grupos de soberanias cooperativas ou por autonomias regionalizadas, faz parte da liberdade com que organiza a preservação da sua identidade, não pode ser uma imposição exógena, que contrarie os princípios e valores a que a Carta da ONU vinculou a defesa da paz e da dignidade dos povos e dos homens.
É finalmente certo que o petróleo, como as antigas especiarias, tende para fazer esquecer as limitações que estavam implícitas na resposta do anónimo marinheiro de Vasco da Gama, e que Cabinda enfrenta o risco de ser absorvida pela percepção actual da África útil.
A resposta firme tem de adoptar a recente advertência do PNUD (2004): «São necessárias políticas multiculturais que reconheçam diferenças, defendam a diversidade e promovam liberdades culturais, para que todas as pessoas possam optar por falar a sua língua, praticar a sua religião e participar na formação da sua cultura, para que todas as pessoas possam optar por ser quem são.»
Os cabindas não exigem mais, e não se lhes pode pedir que exijam menos: «Optar por ser quem são.»
(*) Artigo publicado hoje pelo Diário de Notícias de Portugal
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Governante argelino quer Angola integrada na OPEP
O ministro argelino da Energia e Minas, Chakib Khelil, manifestou hoje, em Cabinda, o desejo de ver Angola inserida na Organização de Países Exportadores de Petróleo (opep).
Em declarações hoje a imprensa, o governante que visitou o posto de produção de petróleo em Malongo ( Província de Cabinda), disse que a adesão de Angola a OPEP permitiria o aumento da produção do crude na organização, de 31 milhões barris dia para 32 milhões.
Manifestou igualmente o interesse de cooperação entre a Sociedade de Combustível de Angola (Sonangol) e a SONATRACH, empresa argelina do ramo dos petróleos, em domínios que estão ainda por se definir.
Durante a sua estada em Cabinda, Chakib Khelil tomou conhecimento dos investimentos das companhias petrolíferas nas areas sociais, nomedamente, saude, educação, emprego, micro-créditos e outras.
A delegação argelina, que se encontra no pais desde quarta-feira, regressa sexta-feira, depois de realizar de uma visita a empresa angolana, SONILS e rubricar um protocolo de cooperação com o ministério dos petróleos angolano.
Nov 25, 21:19
Fonte:Angop
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U.S. Committee for Refugees
World Refugee Survey 2004
In http://www.refugees.org/wrs04/country_updates/africa/congo_brazzaville.html
Congo-Brazzaville hosted more than 90,000 refugees at the end of 2003, including over 80,000 from Congo-Kinshasa, nearly 6,000 from Rwanda, some 4,000 from Angola, and less than 1,000 others mainly from the Central African Republic and Burundi.
An estimated 60,000 people in Congo-Brazzaville were internally displaced at year’s end. Nearly 20,000 citizens of Congo-Brazzaville were refugees or asylum seekers at the end of 2003, including about 14,000 in Gabon, some 1,000 in Congo-Kinshasa, and nearly 5,000 asylum applicants in industrialized countries. Nearly 2,000 Congolese repatriated during the year, mostly from Gabon and Congo-Kinshasa.
Some 2,000 Central African refugees voluntarily repatriated from Congo-Brazzaville during the year.
Refugees from Angola UNHCR reported no voluntary repatriations of the nearly 4,000 Angolan refugees who fled the northern Angolan enclave of Cabinda a decade ago. Most remained in Congo-Brazzaville because of continuing tensions in the Cabinda region.
Most Angolan refugees lived in or near the city of Point Noire in the southwest corner of Congo-Brazzaville. About 3,000 lived in Kondi Mbaka and Komi camps and in Malolo II village in Niari prefecture.
In March, Angolan military entered Kimongo, Bouenza Prefecture, near the border with Cabinda in pursuit of guerrillas supporting Cabinda’s independence from Angola, causing thousands of refugees and local residents to flee. Angolan refugees received humanitarian assistance from UNHCR and other international aid agencies, including food and mosquito nets. Aid agencies promoted refugee self-sufficiency by supporting farming and livestock activities.
Refugee children attended primary and secondary schools in Komi and Kondi Mbaka camps, which also provided health centers for refugees. UNHCR conducted a census of Angolan refugees in Congo-Brazzaville during 2003.
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Dos Santos outlines plans for 2007 election
12 Nov 2004 17:24 GMT
... Luanda - Angola's first post-war presidential elections should take place ... elections. Angola is sub-Saharan Africa's second biggest oil producer after Nigeria, pumping close to 1 ...
Source : in http://www.einnews.com/angola/newsfeed.php?nid=10498&afid=73
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Escrito 1.4.04 por P P
Vale a pena ler, telegrama de Anaximandro: in http://www.purprazer.blogger.com.br/2004_04_01_archive.html
Os «petróleos lusófonos»: Cabinda, Timor, São Tomé e Bissau
Pelo que na generalidade se sabe, o petróleo apenas interferiu, à evidência, como factor determinante no processo da descolonização portuguesa, no caso de Cabinda. Em 1974-75, a separação desse território da questão da independência angolana não chegou sequer a ser seriamente ponderada, sendo mesmo afastada qualquer hipótese, em função do êxito que se augurava para o novo Estado de Angola e para o qual os recursos naturais do enclave e o potencial aí instalado pelas multinacionais eram uma condição. Os episódios pouco dignificantes que envolveram alguns militares portugueses movidos por essa causa e que teriam justificado a intervenção da justiça militar de então, ilustram a perversão político-militar que determinou o destino de Cabinda onde as violações dos direitos humanos, segundo parece, não incomoda nenhum fórum político de relevo em que a voz da Igreja Católica é a excepção.
No entanto, foi o petróleo que influenciou todo a longa e dramática caminhada de Timor-Leste até à independência e que, na verdade, determinou a decisão de Jacarta em invadir e ocupar a colónia que prematuramente se tinha declarado Estado livre e autónomo. Embora já em Novembro de 1975, uma multinacional britânica de petróleos tivesse em seu poder os resultados da primeira prospecção da crosta terrestre por satélite e que comprovavam a existência no Mar de Timor de uma das maiores jazidas mundiais, em Lisboa, figuras influentes do Estado Português e com poder de decisão cultivavam o discurso segundo qual Timor-Leste jamais teria condições de sobrevivência como País independente. Jacarta foi levada a tentar a anexação do território, em última análise, pelo cheiro do crude, em contraposição com o néscio discurso português que por muito tempo esteve na base da lassidão diplomática de Lisboa a propósito de Timor, designadamente no quadro das Nações Unidas. E é bem verdade que Portugal acordou para o caso por causa do petróleo, muito embora os pretextos marginais (as violações dos direitos humanos, por exemplo) tivessem servido para suportar o novo dinamismo diplomático que ficou bem emoldurado pela queixa contra a Austrália no Tribunal Internacional de Justiça. Embora tarde, Timor foi o segundo caso do «petróleo lusófono» que deu muita honra à diplomacia de Lisboa mas nenhum proveito.
Mas também tardiamente e surpreendendo mais uma vez os serviços de inteligência de Lisboa, surgiu o terceiro caso de petróleo em São Tomé e Príncipe. Aconteceu o mesmo que já tinha acontecido com Timor-Leste: até à descoberta das jazidas deste pequeno país do Equador, São Tomé e Príncipe era dado como um estado sem futuro, sem perspectivas ou quando muito com algumas esperanças no turismo, encerrado que ficou o efémero império do cacau. Todavia, os empurrões para golpes de Estado e para a desestabilização interna do país, quer a partir do Gabão quer por grupos de pressão radicados na Nigéria ¿ sabia-se ¿ tiveram quase todos, como alibi o conhecimento administrado das importantes jazidas santomenses a que também não era alheia a «guerra dos mapas» ou a demarcação das fronteiras marítimas com os países controlados na rota dos apetites pela extracção de ouro negro.
E há, finalmente o quarto caso, com a Guiné-Bissau, outra ex-colónia portuguesa, também ela, amiúde descrita como «Estado inviável». As jazidas do Cachéu mudaram, no entanto o panorama, a doutrina e os cálculos, pelo que se compreende hoje já ou melhor, tal como em Timor e em São Tomé, as causas últimas dos golpes, das insurreições e das tentativas de desestabilização do Estado que é dos mais pobres do mundo mas que tem... petróleo e, segundo os entendidos, a jorros. No caso de Bissau, a diplomacia de Lisboa foi-se enganando pela argumentação própria dos cônsules honorários que supostamente apenas têm tido honra no recrutamento, à boca calada, da mão-de-obra clandestina guineense destinada às construtoras, e enquanto, por exemplo, no presente processo eleitoral, Portugal apoiou «o processo», o Estado Angolano personificado em José Eduardo dos Santos não apoiou o processo mas o «jogo partidário» e neste jogo quem lhe desse garantias transversais em matéria de... petróleo. Portugal mandou aviões com boletins de voto, material para os cadernos eleitorais e demais apoio logístico para esta tentativa de democracia, como antes já tinha passado cheques significativos em ajuda directa ao Estado da Guiné-Bissau. Eduardo dos Santos enviou um avião com material de propaganda para um dado partido, aquele que aparentemente se lhe afigurou e aos interesses transversais como dando mais garantias quanto a petróleo. Se Bissau vai ser segunda Cabinda, ver-se-á, até porque, como garantiu a Internacional Socialista deste magistério de Guterres, José Eduardo dos Santos está no bom caminho...
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NEI LOPES PUBLICA NOVO DICIONÁRIO BANTU DO BRASIL
Simão Souindoula*
Depois de numerosas reacções suscitadas pela publicação, em 1996, do seu "Dicionário Bantu do Brasil ", Nei Lopes, o tenaz homem de cultura afro-brasileira, acaba de publicar no Rio de Janeiro, pelas edições Palhas, uma nova versão deste inventário lexical.
Estendendo-se sobre 260 páginas, esta publicação, de apresentação mais atraente e cuja ilustração da capa reproduz um detalhe duma máscara makonde de Moçambique, construída, naturalmente, sobre a "primeira" edição, contém vários complementos e correcções, no espírito de procuras etimológicas mais reservado.
Por outro lado, o novo dicionário traz uma parte onomástica, mas que indica também diversos topónimos vindos da zona bantu.
De duas mil entradas para a edição anterior, o autor subiu a oito mil, isso depois dum árduo trabalho de recolha de dados bibliográficos e orais, assim como de consulta de documentos de arquivos.
Obrigado a prudência, porque evoluindo perto dum meio académico muito patrocinador e marginalizante, o investigador afro-carioca tomou o cuidado de indicar na capa do " Novo ", a integração de 250 exactas propostas etimológicas acolhidas do Dicionário - a mais recente - da Língua Portuguesa em uso na antiga colónia lusa de América do Sul. Tal obra foi editada há três anos, e a ela juntou-se, em homenagem, o nome do filólogo brasileiro António Houaiss, iniciador deste projecto.
Mais, Nei Lopes tomou a precaução de inserir no verso da cobertura da colectânea actualizada, uma nota do Director do Instituto Federal de Lexicografia.
Na sua introdução intitulada "As línguas bantu e o português no Brasil ", o autor do famoso " Bantus, Mâles e Identidade Negra" retomou o seu argumentário, apoiando-se, naturalmente, nos trabalhos anteriores, sobre a importância do fluxo humano vindo de África central e austral, que demarrou-se, desde o século XVI sobre o imenso território brasileiro.
Isso foi a consequência lógica do quase-monopólio português sobre o tráfico da mão--de-obra negra a partir da Colónia de Angola (Luanda e Benguela), das costas do antigo Kongo (Soyo, Cabinda e Loango) assim como do Golfo de Guiné com uma base de apoio e de trânsito ideal, o arquipélago de São Tomé e Príncipe.
Por outro lado, a instalação massiva de locutores bantu permitiu conservar vários aspectos da sua identidade influenciando ao mesmo tempo o português falado e escrito do Brasil assim como a extraordinária dinâmica compenetrante das culturas ameríndias, europeias e africanas que se realizou, nesses últimos séculos, nesse pais continente.
A perpetuação lexical além-Atlântico foi, as vezes, integral. E, o dicionário identifica termos como bâmbi (antílope), mbuta (deão), funda (pacote), macaia (folha, tabaco), sanga (lago), vumbi (cadáver), etc. Os antropónimos e topónimos foram também, evidentemente, bem conservados a exemplo de Cumba, Dunga, Bonga ou de Dombé, Ginga, Pemba.
Quanto as inevitáveis interacções linguísticas, foram atestadas ao nível fonético, morfológico, semântico e sintáxico.
http://www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.0408/0172.html
*Historiador em função no CICIBA
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Bulletin
Mercredi 3 Novembre 2004 à 14:00:00
DB8724
La société nouvelle TRABEC va reprendre ses activités
La société nouvelle TRABEC exerçant dans le domaine de la transformation du bois à Pointe-Noire, dont les activités ont été mises en sommeil à la suite de la confiscation de son matériel par le tribunal de Cabinda, reprendra ses activités forestières et industrielles dans les prochains jours.
Par décision de la Cour suprême de Luanda en date du 7 octobre, tout le matériel forestier appréhendé et confisqué il y a cinq mois par le tribunal de Cabinda a été libéré et restitué le 16 octobre. Le 17 octobre, les conducteurs congolais ont pu franchir les frontières voisines de Massabi et Nzassi pour regagner en convoi l’usine nouvelle TRABEC de Mont Kamba sous les applaudissements des ouvriers qui attendent ce moment depuis cinq mois mois.
Pour la direction de la société, cet événement est le signe de l’attention particulière qu’accorde le président de la République à la société, a déclaré la direction générale l’entreprise qui n’a pas manqué de remercier les autorités du Congo et de l’Angola qui ont aidé activement la société pendant cette longue période de paralysie.
Source : www.brazzaville-adiac.com/ html/ba_article.php?DEP_CODE=7205
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José Lembe acusado de «compadrio» com MPLA
Crise na UNITA em Cabinda
2004-11-12 18:36:53
Cabinda - A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) está em crise em Cabinda.
Em declarações ao Ibinda.com, alguns observadores apontam o dedo a José Lembe, responsável local do movimento do Galo Negro, que é acusado de se aproximar do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) para tentar obter o cargo de governador do enclave.
A delegação da UNITA em Cabinda «está na via que leva ao aeroporto e muito próximo deste», garantiu uma fonte contactada pelo Ibinda.com. «Dizem que aí nem há energia e as paredes conspurcadas denotam pouca preocupação da imagem do partido nas terras do Mpalabanda. A mesma imagem triste encontra-se na delegação de Lândana, onde se tem só a bandeira e as portas sempre fechadas. Alguns adeptos que o movimento tinha nas zonas de Chimbuande, aldeia fronteiriça com a RDC, já abandonaram, desiludidos, o Galo Negro», contou.
Segundo a mesma fonte, a responsabilidade desta situação recai no responsável da UNITA em Cabinda. «Este é acusado de incompetência, porque não consegue dinamizar politicamente o movimento», afirmou, acrescentando que José Lembe «manda relatórios a Luanda, recheados de mentiras e de imprecisões». Acusa-o também de ser «megalómano e tribalista despudorado, já que a sua preocupação é só ser governador, em Cabinda».
A mesma testemunha adiantou ao Ibinda.com que, caso José Lembe ocupasse o posto de governador de Cabinda, seria o primeiro governador maiombe. «Esta sua psicose tem atingido dimensões de quase fobia. Não tem poupado esforços em revelá-lo: dizem muitos que já escreveu até cartas a José Eduardo dos Santos, exigindo a nomeação de um governador maiombe já que até agora só foram vice-governadores», revelou.
Ainda segundo a fonte, a visita de Abel Chivukuvuku a Cabinda «foi motivo para, frontalmente, lhe dizer: a nossa preocupação, aqui, é a nomeação de um governador maiombe. Ora, isto tem levado Lembe a não confrontar-se com o MPLA».
Até agora, relatou, «jamais Cabinda viu e ouviu um comunicado da UNITA em Cabinda denunciar os assassinatos, as prisões arbitrárias, a falta de liberdade de imprensa, a perseguição da sociedade social, a destruição das aldeias, etc. Até os próprios militantes da UNITA pensam que Lembe já deve ter um acordo com o MPLA e que faz a política deste». De acordo com este observador, aquele responsável «cercou-se de quadros da sua tribo e desencoraja a entrada para o partido de quadros intelectuais. Tem medo que lhe façam frente».
Na opinião da mesma fonte, a UNITA em Cabinda começa a dividir-se, mas não com uma base tribal, porque nem os maiombes concordam com José Lembe. Muitos antigos quadros da guerrilha de Cabinda reagiram e têm denunciado esta situação.
«Uma coisa parece importante para os opositores», acrescentou, «a UNITA deve, sem meias medidas, declarar a sua posição diante da questão de Cabinda. A isto se acresce que é preciso mudar a letargia que grassa na delegação de Cabinda, revogando Lembe. A UNITA só pode ser alternativa ao MPLA para os cabindas se der esperanças de uma política não colonial».
Um analista próximo da UNITA, contactado pelo Ibinda.com, declarou que o trabalho desenvolvido pelo Galo Negro em Cabinda, neste momento, «deixa a desejar». «Para dissiparmos os equívocos, mandem uma equipa de inquérito. Não se mobilizam as pessoas na base tribal, só porque se quer ser Governador de Cabinda. Vai-se impedindo assim todo o intelectual que se queira afiliar ao partido», declarou.
«Hoje, qual o objectivo da UNITA?», interroga-se, para a seguir responder: «Tomada do poder. Bem-estar social. Bem-estar social está na base da nossa luta. Corno havemos de entender que hoje, nós mesmos que levamos a luta, ficamos cada vez mais difícil de fazermos o bem para com os outros, desviamos os bens gerais. A direcção do partido não consegue corrigir e vai pactuando com essa pessoa».
Para este analista, «a resolução pacífica do caso Cabinda sempre foi a linguagem da direcção do partido» do Galo Negro. «A história dá-nos muitas lições, sabe a direcção do partido que pactos o MPLA faz com os cabindas e nós ficamos como?», pergunta. «Que garantias a UNITA dá aos cabindas? Falar ao público sem papel? Tem a UNITA certeza de vencer as eleições? E se as não vencer, o que será os cabindas que estão na UNITA, quando, só pensamos em ser futuro governador?», questiona-se o mesmo observador.
«Os cabindas querem autodeterminação. Por isso, todos os cabindas se sentem afiliados nas várias tendências que se levantam para o caso Cabinda, é a verdade. É mentira se um quadro nato de Cabinda vos disser que está a fazer política da UNITA, está tudo bem passando por cima disso, está a enganar os menos cautelosos que a direcção pode ter», concluiu.
(c) PNN - agencianoticias.com
http://www.angoladicas.com/news.asp
MPLA pode encontrar uma solução para Cabinda
O MPLA, o partido no poder em Angola, pode encontrar uma solução para a situação em Cabinda já nos próximos dias, segundo revelou o governador provincial do enclave, Aníbal Rocha.
O governador que falava aos militantes do seu partido disse que Cabinda é um ponto forte na agenda do MPLA, muito embora, ainda não tenha sido estabelecida uma data para o diálogo, nem foi apontado com quem negociar.
Aníbal Rocha afirmou que o caso Cabinda não está esquecido nem marginalizado e que o Presidente da República José Eduardo dos Santos, vive o problema da paz em Cabinda todos os dias.
Já se passaram três anos de paz em Angola, mas em Cabinda existe ainda um conflito armado entre as forças governamentais e as facções independentistas. Uns defendem a autonomia, outros a separação e alguns a integração.
Fonte: RDPÁfrica